Enquanto esperamos por algo, um acontecer que seja, para salvar o que poderíamos ter salvo, observamos que a prudência que achávamos possuir se mostra inútil diante das armadilhas de um inimigo astuto e voraz, e ainda sim, conhecedores de tais ciladas, ficamos com ares de perplexidade e nada fazemos num agora complicado que se delicia, por conta da falta de efetiva presença diante de Deus para o cumprir daquilo que é a ordenação / vontade dEle.
De certo que o Senhor irá pedir conta do ministério que foi confiado a cada um dos chamados e escolhidos e que por escolha própria, deixou a “maré” governar a vida inteira, de forma aleatória, sem visão e sem condução adequada.
Deus irá cobrar todos esses anos de sacerdócio, onde a morte espiritual campeia, e acabou por culminar nos desvios que se observam no seio da eclésia, a partir dos novos “talentos” que tomam lugar e impõem suas vestes doutrinárias.
A verdadeira verdade considera o homem morto, porque Deus nos deu uma última chance, mas, por conta da imprudência não se vislumbrou o presente a partir do ocorrido no passado e consequentemente o futuro se tornou cada vez mais comprometido e obscuro.
O verdadeiro cristão não tem que se preocupar em como conquistar a casa celestial, mas, sim, em viver o maior tempo possível em espírito e verdade para fazer o maior estrago para o inimigo, através de obras, segundo a Palavra fundamentada, provando desta forma ao Senhor o valor que se tem, tornando-se digno das Suas promessas.
O verdadeiro exame de consciência deve mostrar que o sacerdócio é um dom, e um dom não é algo para ser tratado de forma insana e aleatoriamente humana, mas, com o espírito contrito e voltado para as coisas de Deus, abrindo- se mão das mortalhas que impedem o homem de ser mais próximo de nosso Senhor.
Certamente que se deveria ter morrido para o mundo, mas muitos ainda não morreram para o mundo, e não sabem o que estão fazendo no seio da Igreja e/ ou no sacerdócio, burlando de certa forma os desígnios do PAI, achando que servem ao Céu, fechando as próprias portas e as de outrens
A esperança cristã deve ser voltada para o Céu, mas, agora o que se vê, é gente a espera de coisas infundadas, de promessas descabidas, que nada se assemelha aos ensinamentos constantes na Bíblia.
Existem conversões fulminantes, mas, baseadas em perspectivas humanas e não espirituais, e tudo por conta de doutrinas inflamatórias de cunho material, a partir de promessas aquisitivas imediatistas e salvações à base de trocas e favores.
Para ser um verdadeiro cristão faz-se necessário o abraçar da cruz, pois, sem ela, não há sacrifício, não há resgate, não há salvação.
Não se pode transformar o sacerdócio numa carreira, pois, o sacerdócio não pertence ao homem, mas, ao sacrifício de um homem, Jesus Cristo.
Nos tempos atuais, observamos a transformação do homem em qualquer coisa, menos no homem que deveria ser, a partir da perda da personalidade, dos valores, do verdadeiro sentido de ser e existir. Vemos o alavancar de processos corrosivos da integridade humana, da calúnia como valor agregado, e a perseguição como principal fundamento a ser pleiteado, em meio às negociatas envolvendo até mesmo quem deveria ser exemplo de conduta e respeito.
A Igreja no Brasil acaba por se perder engessada nos próprios dogmas e doutrinas de pessoas que se intitulam donos da igreja, onde utilizam “palavras proféticas”, que acabam por não se cumprirem justamente pelo fato de não terem sobre si a verdadeira Luz do Espírito Santo.
O que há é uma guerra desmedida entre homens que nada têm de espirituais, à semelhança do que nos alerta a Palavra sobre os lobos em pele de cordeiros.
Aos que são fiéis à verdadeira doutrina cristã, cabe defender os interesses da Palavra Sagrada através da verdadeira igreja, não impondo, mas, esclarecendo a todos que buscam pela verdadeira verdade o que foi fundamentado, e as armadilhas que tentam armar para que venhamos a errar e cair nas mãos do inimigo, de forma a perdermos a verdadeira salvação.
(Bp Jurandir Argôlo)
“O Senhor te abençoe e te guarde:
O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti.
O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz.” (Nm 6:24-26)
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